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vaga​-​lume​-​gr​ã​o

by Gustavo Cunha

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1.
intra 03:57
intra noite adentrou entre o escuro vão vertendo a seco o rio insone bruma inundou vestindo o ar em grãos sutil combinação do que nos seca os corpos (volta a ti e vê) e umedece a margem (volta a ti e vê) quando a noite afaga traz calada o que soou em mim voz ecoou pela constelação grave tardio repete e some reflete o som interior oscilação do que nos seca os corpos (volta a ti e vê) e umedece a margem (volta a ti e vê) quando a noite afaga traz calada o que soou em mim ressoa o tom reluz o som multicolor ouça as vozes internas leve sua mente a outra dimensão
2.
grão 03:44
grão quando a luz e o som dissolvem-se grão de lume vaga e acende o céu persigo o rastro das luzes que vi volver em espaço-tempo a imagem revivir espelho da memória à quem refletir ruído na paisagem expõe um som vazio se ouve ao ver no labirinto foge um bando afoito de aves prisioneiras ao relento em grãos de orvalho num vulto me vi volver em espaço-tempo a imagem revivir espelho da memória à quem refletir ruído na paisagem expõe um som vazio se ouve ao ver resguardado em luz de inverno o cinza tingiu vá aonde o exílio ao sul deixou de existir por permitir deixando ir sem omitir solto de mim
3.
corte seco 04:48
corte seco submerso mergulhado ao fundo teus olhos me cercam ao saber o que consome a tua visão mais perto me acerta e despertará no giro sente o golpe, o corte seco da navalha que desliza lento causou transmutação da miragem bebo a sede em terra nua meus olhos despertam o breu da vista paralisa a intuição mais perto te acerto e ouço a voz calar no giro sente o golpe, o corte seco da navalha que desliza lento o cheiro exala propagando medo causou transmutação
4.
tempo e espaço distante em tempo e espaço distante em espaço de tempo encontro em espaço vazio a certeza de que com o tempo não estaremos mais distantes preencho o vazio do espaço com todo suspiro de vento que inventa o caminho a seguir pois corre contra o tempo não estaremos mais distantes em espaço e tempo tão vis como a sombra que existe ao partir duas partes de mim inexatas em si preencho o vazio do espaço com todo suspiro de vento encontro em espaço vazio a certeza de que com o tempo não estaremos mais distantes em espaço e tempo tão vis como a sombra que existe ao partir duas partes de mim inexatas em si
5.
à flor da pele que habito encontrar no lugar onde me perdi onde habita em mim uma flor que incita o nascer do que no fim restou em fastio jardim domesticou sobre a pele o frio escapar sem voltar é um elogio vazio porque habita em mim chão que brota culpa oculta o que no fim restou em fastio jardim domesticou sobre a pele o frio dor temporal na flor residiu oculta a raiz imergiu flor fractal na dor dividiu oculta a raiz imergiu onde habita em mim
6.
voo 04:08
voo voa solto, anjo torto desprende o cordão que te flagelou por lembrar do que foi cava a camada que corta o céu e o real nebulosa espiral a moeda e o pó vou ao ar e subo ao vento leve e distante longe do sopro da tempestade me exilei voa torto, anjo toma a imaginação de quem te roubou de quem te criou não te cederam asas pra sumir ao vento impulso clama desordem em súbito voo vou ao ar e subo ao vento leve e distante longe do sopro da tempestade avistei não receie ao ver nem vento contrário faz descer um torpe indomado desprendeu de quem fere e lhe impede o voo vou ao ar e subo ao vento leve e distante longe do sopro da tempestade avistei não receie ao não receie ao ver o céu ceder
7.
áquea 03:14
áquea quando a lua ao mar jazida suas curvas inspiram o que soa e despe a vista transbordando alquimia vibra o mar cantando pro meu íntimo e me guia ao céu por ti velo os dias que ardem nova aurora guarida mostra o longo caminho que o sol ilumina e me leva de volta a ti quando a lua ao mar jazida suas curvas inspiram o que soa e despe a vista transbordando alquimia vibra o mar cantando pro meu íntimo e me guia ressoando ao céu
8.
corpo, casa 02:46
corpo, casa corpo, casa aberta pra quem chega ou quer partir porta a mente quieta sopra manso ao transpassar o alvorecer cedo cômodo repouso aos ombros que carregam pressa à espera do fim move imóvel solitário sono que se esvai tempo breve que me esquece

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Segundo álbum do músico pelotense Gustavo Cunha, vaga-lume-grão é como um espaço inexistente, um ambiente imagético onde a poesia das músicas habita. Lançamento feito através do selo Escápula Records.

credits

released October 19, 2018

Gravado por Gustavo Cunha.
Produzido por Gustavo Cunha e Vini Albernaz.
Mixado por Vini Albernaz em Estúdio Cabeça de Algodão (Pelotas - RS).
Masterizado por Lauro Maia em A Vapor Estúdio (Pelotas - RS).
Lançado por Escápula Records em outubro de 2018.
Fotografia 35mm da capa por Andressa Santos.

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Gustavo Cunha Pelotas, Brazil

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